Antes da dominação do Império Romano, eram os Iberos que habitavam a Península Ibérica.

Os Iberos não era um povo unificado, mas era uma comunidade hierarquizada, com idioma próprio, costumes e cultura. Sua economia era baseada na agricultura e pecuária.

Com a queda do Império Romano, os povos germânicos passaram  a ocupar a península Ibérica, fazendo assim desaparecer os iberos.

E os visigodos passaram a formar cidades e, por mais de três séculos, ocuparam grande parte da Península Ibérica.

Foi nesta época que surge a fé muçulmana. Inicialmente na Península Arábica, depois em todo Oriente Médio e Norte da África.

 Na revelação feita por Deus a Maomé, era preciso pregar a existência de um único Deus e reparar as distorções feitas pelos judeus e cristãos.

 Entre os ensinamentos que os muçulmanos compartilham está o da difusão de sua fé,  de maneira que expandir o Islã é a prioridade.

A influência árabe em Granada

No início dos anos 700, a Península Ibérica sofre invasão muçulmana, e teve como consequência a completa mudança dos aspectos culturais, econômicos e sociais.

Conhecidos também como mouros, em pouco mais de três anos, após terem atravessado o Estreito de Gilbratar, os muçulmanos ocuparam quase toda a Península.

Apenas uma pequena faixa, onde fica a região das Astúrias, um pequeno grupo resistiu ao domínio muçulmano.

Todavia, o domínio muçulmano durou até 1492, com a capitulação de Granada – última cidade árabe a cair.

Os reis católicos põem fim a sete séculos de presença muçulmana em todo território da Espanha.

Mas o legado deixado pelos muçulmanos tem um valor inestimável, com uma contribuição grandiosa no campo científico, tecnológico e filosófico.

As artes e as ciências tiveram grande estímulo. A música flamenca, os palácios e dos jardins árabes. Aqui é importante citar a sofisticada Córdoba, que respira cultura muçulmana, a exemplo – Mesquita-Catedral e  Palácio-Fortaleza.

Alhambra

Era numa gigantesca  cidadela árabe, onde moravam o sultão, sua família e uma população de até 40 mil empregados.

De Alhambra, é possível admirar a colina, Sierra Nevada, o bairro de Albaicín, com as casas pintadas de branco e suas ruas estreitas e tortas.

Alhambra é uma edificação emblemática do reino muçulmano de Granada. Conhecida também como fortaleza vermelha, a cidadela até hoje guarda o fascínio europeu sobre o Oriente.

Sua edificação começou em 1238, durante o sultanato de Mohammed I.

Para sua construção, foi usado tijolos de argila ferruginosa e avermelhada. Daí a aparência avermelhada.

Já o conjunto de palácios, em seu redor, foi feito posteriormente, nos anos aproximados de 1350 até 1400.

Entre os palácios, dois se destacam: o de Comares e o dos Leões.

No palácio de Comares, o destaque é o pátio Alberca, em espanhol que significa tanque de água, originada do árabe, al-Birki ou Arrayanes, plantas bem parecidas com as murtas, que dão a volta em toda a extensão do tanque.

A imponência da decoração fica por conta da Sala do Trono, com os maravilhosos mosaicos em azulejos que se constituem em uma das principais características da arte nazarí.

Para muitos, o Palácio dos Leões é o mais conhecido. A grandeza deste palácio fica por conta  do pátio central que abriga uma fonte cuja bacia tem, ao seu redor, as esculturas de doze leões em pedra. Da fonte saem quatro canais que cortam o pátio em forma de cruz, estendendo-se até a parte coberta dos pavilhões que a rodeiam.

É perceptível a presença de água nos jardins e nos pátios internos, em razão da fé muçulmana. O Corão refere-se diversas vezes  sobre a importância da água e dos jardins.

Lugares incríveis para conhecer em Granada

 Além, de Alhambra, um dos lugares mais lindos da Espanha, o bairro Albaicín, com forte presença árabe, com suas ruas estreitas, casas pintadas de branco e muitos jardins e pátios interiores.

Serra Nevada – maior serra da Espanha – com uma altura de 3.482 metros. Este conjunto montanhoso possui várias pistas de esqui.

O Mosteiro Real de Nossa Senhora da Assunção da Cartuja está próximo ao centro de Granada. É uma bela edificação que abrigou por séculos os monges cartujos, além de ser uma das maiores representações arte barroca espanhola.

Capela Real de Granada foi construída entre 1505 e 1517 em estilo gótico. A Catedral possui diversas capelas em seu interior. Na Capela Real estão sepultados os Reis Isabel e Fernando, além do infante Miguel de la Paz de Portugal, neto dos reis. Há também um museu dedicado aos reis. É um lugar maravilhoso. Vale a penas conhecer.