Sevilha: Um pouco de história da cidade

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Escrito por Flávia Leite

5 de janeiro de 2021

“Carregamos Sevilha, os dois,
quem foi e quem lá nunca foi.

 

Sevilha é como uma atmosfera

que nos envolve, onde que seja,

 

que levamos  onde que formos

e que cria para mim o entorno

 

que onde quer que estejamos sozinhos
nos traz Sevilha, seu dentro íntimo,

de uma casa que vai comigo
e que invoco quando e preciso”.
(João Cabral de Melo Neto)

O que fazer em Sevilha?

Para João Cabral, Sevilha é um lugar ideal para se viver. E se é uma região boa para viver, para passear e adquirir cultura, é espetacular.

São vários pontos, monumentos de Sevilha. Verdadeiras joias da cultura, como 

  • a Catedral de Sevilha, terceiro maior templo do mundo,
  • La Giralda, tombada pelo Patrimônio Mundial pela UNESCO, a torre possui mais de cem metros de altura, 
  • o Alcázar de Sevilha, são treze séculos de imponência, um maravilhoso complexo de palácios, pátios e jardins,
  • Torre del Oro remonta o  século XIII. Um dos símbolos  mais prestigiados  da cidade.  
  • a Casa de Pilatos é um conjunto de pátios e pavilhões que mistura  os estilos renascentista italiano e o mudéjar espanhol,
  • a Plaza de España foi projetada pelo grande arquiteto sevilhano Aníbal González, como um espaço emblemático da Exposição Ibero-americana de 1929.
  • Para aproveitar Sevilha com as crianças, visitar o Aquário é uma ótima opção. Inaugurado em 2014, o Aquário de Sevilha é moderno, e as crianças adoram.  
  • E para coroar a visita, conhecer os museus  e as belíssimas Igrejas.

Quando ir a Sevilha?

Quem visitar Sevilha durante a primavera e o outono vai encontrar temperaturas amenas e muito sol. Em julho e agosto, a temperatura sobre e não tem chuva. Já o inverno é mais ameno, em relação ao do norte do país. 

A forte presença do Flamenco 

Para alguns, de natureza cigana, o flamenco é uma forma de canto, dança e música muito marcante na região da Andaluzia. 

Com também forte influência árabe, o flamenco faz parte da identidade do povo, sendo uma manifestação da cultura espanhola.

De início, o flamenco era basicamente um canto feito sem qualquer tipo de acompanhamento. Depois a guitarra, as palmas, o sapateado e a dança foram incorporados à essa expressão artística.

Uma das maiores características do flamenco é a emotividade, pois são no gestos feitos pelas mãos, nas expressões faciais, na marcação ritmada do sapateado, na ênfase dada aos movimentos com os pés e na interpretação vivaz dos sentimentos expressos nas canções, sejam eles de dor, alegria, desprezo, amor.

Um pouco de história da cidade 

Reza a lenda de que Sevilha foi fundada por Hércule. Todavia, para a história, a cidade foi fundada pela tribo ibérica dos turdetanos que habitavam no vale do Guadalquivir.  No decorrer do tempo, a cidade recebeu povos fenícios e os gregos.

Em 43 a.C., Júlio César conquistou a cidade, passando a chamá-la de Romula. Por essa época, Sevilha se tornara uma cidade importante. 

Depois do declínio romano, a cidade foi ocupada por vândalos e pelos visigodos, que se mantiveram nela e a tornaram em capital. 

Sevilha sofreu assaltos, rebeliões, foi usurpada e palco de assassinatos, como o do “jantar das velas”, no qual os insatisfeitos arquitetaram um plano de “apagar” as velas e  aproveitar a escuridão para assassinar o rei godo Teudiselo.

Já na altura do ano de 712, d. C, Sevilha passou a ser dominada pelos mulçumanos, recebendo o nome de árabe Isbiliyya, do qual  se deriva Sevilha. 

Invadida em 1091, pelos Almorávidas e, na década seguinte, pelos Almóadas, a cidade alcançou êxito e beleza e se tornou numa importante cidade espanhola. 

No século XVI, foram construídas a Catedral, a casa do Arquivo das Índias, a Universidade, dentre outras construções de grande importância e beleza.  

Foi do porto de Sevilha que Cristóvão Colombo partiu para descobrir a América, no célebre ano de 1492.

O ano de 1649 foi trágico. Com a peste foram ceifadas quase metade da população. Na verdade, Sevilha só se recuperaria no século XIX.

De lá pra cá, Sevilha foi palco de transformações políticas, como a Guerra da Independência, a Revolução de 1868 e as Revoltas Cantorais de 1873.  

Mas foi no século XX que Sevilha organizou a exposição Ibero-americana de 1929, o que modificou quase que totalmente a cidade.

Hoje, a Capital da Andaluzia é o centro cultural e financeiro do sul da Espanha. E, dessa forma, Sevilha se transformou em cidade marcada por um legado arquitetônico e histórico admirável. 

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